quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

MODA ONLINE



O color block mal chegou e você já se cansou, o mesmo acontece com tantas outras apostas da moda internacional: espadrilles e até o militarismo do último inverno. E sabe de quem é a culpa? Da internet! Isso mesmo... parece clichê, mas muitas vezes não paramos para analisar como a rede tem revolucionado o sistema da moda, principalmente se tratando do Brasil.

Se antigamente seguíamos as tais "tendências internacionais", atualmente elas mal chegam e já se tornam exaustivas, afinal já as vimos em looks de celebridades, em blogs e sites e é claro, nas grandes magazines que apostam no sistema de fast fashion.

Creio que essa é a grande questão que a indústria têxtil tem para superar (além dos tais produtos chineses, claro). Como adaptar o tempo de produção à velocidade da informação? Claro que não tenho a resposta certa para essa questão, mas acredito que exatamente por essa overdose de informação é que muitas marcas têm investido em peças clássicas, que tem tempo de vida mais longo. Por isso, resolvi postar algumas imagens de grandes ícones da moda, revividos e eternos.


Proposto por ninguém menos que Christian Dior, o New Look (batizado assim por uma jornalista da Haper's Bazaar) trouxe de volta a leveza e feminilidade em um período de pós guerra. Achou que seu vestidinho lady like veio do nada?





A visionária Coco Chanel propôs que as mulheres levassem as antigas roupas de banho às ruas. O resultado foi uma profusão de camisetas listradas. Conhece alguma coleção dessa estação que não tenha ao menos uma peça listrada?



Já os trench coats nasceram como casacos masculinos de guerra. Mas não demorou para as peças, desenvolvidas pela grife inglesa Burberry, dominarem as ruas e serem hits de inverno até hoje.

Convencidos de que as melhores armas contra a superexposicão da moda são os clássicos? Então corra, compre o seu e não fotografe-o no look do dia ;)




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

JOHN GALLIANO - INVERNO 2011




Muito se fala sobre os desfiles de grandes marcas de moda, mas pouco se comunica sobre o que envolve este tipo de espetáculo. Qual a grande missão de um desfile? Que mensagem pretende-se que seja transmitida pela imprensa especializada? Seriam os desfiles apenas incitações de consumo para determinado público?

Apesar de toda a polêmica que atualmente seu nome está conectado, desfiles nunca foram simples apresentações de coleções para John Galliano. Formado pela Central Saint Martin, em Londres, para poder se sustentar durante o curso - o até então jovem - estilista trabalhou como contra regra do National Theatre, o que traduz tanto poder de dramaticidade, seja nas roupas ou em todo o contexto de seus shows nas semanas de moda de Paris.

“Eu fazia tudo: de engraxar sapatos até abrir a porta para os atores entrarem em cena. Aprendi muito, até hoje ninguém passa uma roupa tão bem quanto eu”, declarou. O criador de moda ganhou o comando da Maison Dior, um dos maiores nomes da indústria, no ano de 1997, e paralelamente apresentava as coleções de sua própria marca – a John Galliano.

É de sua grife homônima que este post irá partir, analisando o desfile da temporada de inverno, que aconteceu no dia 6 de março de 2011, apenas três dias após a Dior divulgar o afastamento do fashion designer da posição de diretor criativo.

"Para sua própria marca, Galliano sempre flerta com o glamour e a decadência com grande refinamento: transformou lingeries em vestidos, prolongou as saias em cauda, retomou o corte Império, ressuscitou os vestidos de viés (especialidade da Madeleine Vionnet nos anos 20/30), só para citar alguns. Com Galliano é sempre assim: goste ou não, é impossível resistir à sua próxima traquinagem", afirma a jornalista Lillian Pacce em matéria para O Estado de São Paulo.

A cenografia trata-se de uma mansão parisiense localizada no número 34 da Avenida Foch (um indício de que “the glamour most go on”, afinal cai a persona mas a instituição de luxo deve manter-se intacta).

É com este mood que tem início uma das mais importantes mostras da carreira de Galliano, afinal público e imprensa aguardavam ansiosos, como se a coleção fosse uma resposta ao ríspido e inapropriadocomentário realizado menos de um mês antes, quando John Galliano proferiu insultos antissemitas em um bar em Paris. Segundo matéria publicada na FOLHASP, uma reprodução da agência internacional de notícias Reuters, o estilista foi condenado pelo tribunal francês com multa de seis mil euros, que deverá ser paga caso Galliano volte a causar algum tipo de desconforto à sociedade.

O desfile aconteceu em versão compacta, com apenas 9 minutos de duração e apresentando cerca de 20 looks. Inspirado pelo glamour dos anos 40, a primeira série de propostas apresentada é composta por peças de alfaiataria, como os tailleurs, já a segunda revive a feminilidade com longos estampados, transparências e babados. Cintura marcada, plumas e peles apontaram que a decadência estava longe de atingir à pessoa jurídica John Galliano. Nos acessórios, botas de cano longuíssimo, capas e chapéus. A cartela de cores se dividiu entre tons bem fechados de roxo, azul, verde, vinho e tons pastéis.

Entre os presentes, o quórum de pouco mais de 30 veículos da imprensa especializada convidados, como Grace Coddington, Andre Leon-Talley, Lucinda Chambers, Giovanna Battaglia, SuzyMenkes, Hilary Alexander, Sally Singer, Patti Wilson e Brana Wolf .

O make á assinado pela beauty-artist Path Mc Grath, e composto de batom ameixa, blush marcado, olhos marcados e unhas escuros. Já a proposta de cabelos, de Juliend’Ys, retrata todo o refinamento da época em questão, com cabelos presos como verdadeiras obras de arte.

As modelos se dispõe de maneira que dominam o ambiente da casa. A iluminação é baixa, com luz âmbar (própria para um ambiente mais intimista) e a cenografia composta de todo o luxo do barroco parisiense, com poltronas negras com trabalhocapitonê e entorno dourado, além de muitas estátuas, candelabros e arranjos florais nos tons de branco e verde.

Elementos nostálgicos como uma bicicleta antiga, um cavalinho de madeira, e claro os ursinhos de pelúcia (um deles com um bigodinho a La John, ou teria a boca costurada?), resgatam certo ar de inocência abdicado pela figura de Galliano, no ato de suas declarações.

A trilha sonora traz a curiosa seleção de figuras facilmente reconhecidas no mainstream, como as cantoras Adele, Alicia Keys e Kelly Klarkson, além das bandas Coldplay, Bon Jovi e The Killers, sendo a última reproduzida ao som de “Whenyouwhereyoung”, com letra que diz algo como “Ele não separece nem um pouco com Jesus, mas ele fala como um cavalheiro, do jeito que você imaginou quando era jovem”. ”Ele”, então, nada mais seria do que uma resposta de Galliano, que como esperava-se, não aparece para agradecer, como de costume, no término da apresentação.

Abaixo, alguma imagens do desfile.

*colaborou neste texto: Raquel Brandão
*imagens: style.com











domingo, 4 de dezembro de 2011

ACERVO VIRTUAL


Podem falar de superexposição, de vida sem privacidade, de exibicionismo e outras tantas características reais que envolvem as mídias sociais, mas como não se render a elas? Twitter, facebook, tumblr... já não sabemos mais coordená-las, nem qual atualizar primeiro.

Que tal mais uma para apaixonar-se (ou enlouquecer-se)? Meu mais novo caso de amor tem até nome romântico:We Heart It.

O site mistura diferentes serviços, como a criação de perfis e seguidores, mas vai além, afinal trata-se de um acervo de imagens virtuais, sejam quais forem. Você pode curtir as imagens postadas por outros (amigos ou não) que mais gostou, e transportá-las para suas pastas para que fiquem amarzenadas no seu perfil.

Além disso, a partir de um botão que pode ser facilmente instalado no seu navegador (que trata-se de um coração cute!), você pode ser o primeiro a curtir (oops, #vicio) love it e espalhar um bela imagem pela rede. Mas chega de blá blá blá e me segue lá: weheartit.com/marcela_leone. (Abaixo algumas imagens que já me inspiraram).














terça-feira, 22 de novembro de 2011

O RETORNO

Ele voltou!

É gente, há cerca de 1 ano eu abandonei este blog. Não tem um motivo específico, era a falta de tempo somada à preguiça de escrever (tenho um desconto? Eu escrevo o dia todo!) e sei lá mais o quê.

Enfim, em quase 11 meses ausente tanta coisa mudou! Eram sonhos que hoje já estão encaminhados, desejos que já foram realizados... mas o gosto por novidade, moda, beleza, arte, cinema e gastronomia continuam intactos. E foi ontem, numa aula de Moda e Comunicação, com Denise Pitta - idealizadora do Fashion Bubbles - que a vontade renasceu (okay, meio que obrigada). Mas estou tão feliz de estar aqui.

A ideia é postar um look atual que me cause desejo. E ultimamente isto tem sido tão difícil. Tudo o que eu vejo parece tão mais do mesmo, principalmente nas sessões "looks o dia". Por isso fui apelar pelo que mais gosto: os editoriais de moda. Percebo que não é moda em sim que me chama tanta atenção, mas sim a IMAGEM. Por isso que sou completamente apaixonada por tudo que a envolve: fotografia, cinema... e moda! Escolhi, então, postar um lindo editorial de um site que descobri a pouco tempo que gosto muito: o http://www.theones2watch.com/. Sério, vale muito o clique! São inúmeros editorias de moda emocionantes! E elegi o Room#7.

Mas o que afinal é um editorial de moda? Porque essas imagens são tão fora de nossa realizade? Um editorial de moda trata-se da assinatura, da linha de pensamento de um veículo - assim como um editorial normal de um jornal. Nele, através de simbologias e simulacros, poderemos perceber um conjunto de fatores: as tais das possíveis tendências, reflexos da sociedade (como quando a Vogue fez um editorial da Amy Winehouse com Isabeli Fontana), modelos em voga, e acima de tudo, belíssimas propostas que unem roupas, cenários, luz, fotógrafos, styling, modelos e etc - tudo em perfeita harmonia. Quer uma comparação? Enquanto as páginas de consumo de moda seriam aqueles filmes tipo Sessão da Tarde (alguém aí com saudade de A Lagoa Azul?), os editorias de moda tratam-se de belas películas de diretores como David Lynch e Pedro Almodóvar. Há público para os dois formatos, e há quem goste de ambos, porém um é mais literal, e outro mais conceitual, óbvio. Nos veículos impressos, por exemplo, revistas como Numèro e Vogue Italia têm (na minha humilde opinião) os melhores editoriais do mercado. Sem contar publicações mais alternativas, como a V e a Love Magazines.

Agora, despois dessa overdose de informação, basta conferir o editorial abaixo e ter ótimas inspirações.











Nos vemos em breve!








terça-feira, 11 de janeiro de 2011

BELEZA CARIOCA

Meninas e meninos,

sei que estive muito ausente, e isto aqui está cheirando a mofo!



Perdoem-me? Além do fim do ano ser muito atribulado, precisava de umas férias. Mas o blog não morreu, viu!


Estou de volta e juro que trarei muitas novidades, até porque começaram as semanas de moda brasileiras, eba! E já vamos voltar com um post com uma delas... diretamente do Rio-à-Porter (salão de negócios do Fashion Rio), a beleza do Inverno 2011:


Ellu's 2nd Floor




Amo a pele em destaque. Aqui ela está super bem acabada e o ponto de luz são as bochechas, queimadinhas de frio. Olhos nada e boca apagada.


My Philosophy


Já a My Philosophy apostou em cabelos assimétricos e boca laranja (indico o Meltdown da M.A.C.). E mais uma vez sem máscara de cílios.


Basthiana

Esse foi o beauté que mais amei do mundo. Que charme esse rabo de lado! Smokey eyes em marrom, máscara de cílios (ufa!) e boca nude-rosada-alaranjada (pode ser o Huge me - M.A.C.).

Kisses!